Quando aqui cheguei assumi o compromisso de procurar boas práticas em matéria de jornalismo de causas.
A imprensa escrita do dia 13 de Abril de 2009 pareceu-me dar uma boa resposta.
Começo pela edição do Jornal “Público”. Nas páginas 6 e 7, encontramos uma reportagem da jovem jornalista Susana Almeida Ribeiro, intitulada “Albinos em África – um apartheid genético que faz vítimas”, da qual aqui transcrevo um excerto:
A imprensa escrita do dia 13 de Abril de 2009 pareceu-me dar uma boa resposta.
Começo pela edição do Jornal “Público”. Nas páginas 6 e 7, encontramos uma reportagem da jovem jornalista Susana Almeida Ribeiro, intitulada “Albinos em África – um apartheid genético que faz vítimas”, da qual aqui transcrevo um excerto:
“(…)Em alguns países africanos, os albinos têm uma curta esperança de vida, porque são perseguidos, mortos, e partes dos seus corpos usadas em rituais de feitiçaria (…)
Ser albino pode ser uma maldição em determinadas zonas rurais de África. Apesar do exponencial crescimento vivido no continente, continuam a existir muitas bolsas de ruralidade, miséria e obscurantismo, onde a diferença é encarada com desconfiança e receio. Muitos acreditam que os albinos têm poderes sobrenaturais e que trazem má sorte. Este tipo de preconceitos, em comunidades tribais dominadas por feiticeiros, transforma os albinos em alvo de ataques. Muitos são mortos e desmembrados. Os seus dedos servem para fazer amuletos e o seu sangue para fazer uma bebida chamada “muti” e que, segundo crenças rurais, trará sorte e riqueza a quem a beber(…) Estes fenómenos associados à feitiçaria têm raízes profundas em diferentes sociedades africanas. Esta discriminação é sentida também nos países africanos de língua oficial portuguesa (…)
Os albinos são portadores de um defeito genético hereditário que os impede de produzir amelanina, o pigmento que dá origem à cor da pele, do cabelo e dos olhos. Isto significa que os albinos têm pele muito sensível, o que pode ser uma sentença de morte anunciada, graças às altas temperaturas e à forte exposição solar, num continente onde os cremes protectores são um bem escasso. (…) È muito comum, logo após o nascimento, os pais não assumirem as crianças albinas, deixando-as entregues às mães ou ao abandono precoce. Muitos pensam que se a mulher deu à luz um filho albino foi porque dormiu com um branco. Muita gente acredita também que o albinismo é uma doença contagiosa. Outros juram que a sida se cura praticando sexo com uma albina. (…)”
Infelizmente não é possível colocar um link para a reportagem completa. Só está disponível para assinantes do “Público” on-line. Para quem estiver interessado, posso fornecer cópia em papel.
Recomendo outro texto, fotos e vídeo sobre o assunto aqui.
A jornalista Susana Almeida Ribeiro venceu o prémio Jovem Jornalista Europeu em Portugal. Tem presença no Faceboock.
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